A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN) e do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) Norte, deflagrou a segunda fase da “Operação Magnum Damnum” e apreendeu cerca de 550 quilos de cocaína pura, considerada a maior apreensão de cocaína pura da história da Polícia Civil Espírito Santo. A droga foi localizada na última quinta-feira (17), em uma espécie de bunker de uma residência no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha.
Participaram da operação policiais civis da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc), da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Delegacia Especializada de Investigação Criminal (Deic), todas de Aracruz. Os detalhes da investigação foram divulgados em coletiva na última quinta-feira (17), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
“Nosso foco é sempre dar mais segurança à população capixaba. Prender criminosos que causam terror para a sociedade. Não podemos deixar esses indivíduos tranquilos. A operação desta quinta-feira (17) focou em um indivíduo que está na lista dos mais procurados do Estado. Ele está no Rio de Janeiro porque sabe que aqui no Espírito Santo não tem lugar para ele. Cada dia que passa a Polícia Civil produz com mais qualidade devido ao aparato tecnológico investido pelo Governo do Estado do Espírito Santo e disponibilizado à corporação”, disse o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno.
A investigação, que culminou na apreensão recorde, foi iniciada após 100 quilos de maconha terem sido apreendidos em Mimoso do Sul, em junho deste ano. A droga estava escondida no porta-malas de um carro de aplicativo.
“Essa droga era distribuída tanto para consumo interno, quanto para consumo externo. O formato da embalagem indica que essa droga apreendida seria destinada para o exterior. Geralmente, ela é colocada em casco de navios que têm como destino final a Europa. Nosso objetivo é não deixar esses criminosos confortáveis comandando o crime de outro Estado. Se eles voltarem para cá, não vão se criar”, pontuou o superintendente de Polícia Regional Norte, delegado Fabrício Dutra.
Com base nessa apreensão, os policiais conseguiram desmantelar um esquema de tráfico de drogas destinado à exportação, envolvendo três pessoas: Átila Gonçalves Nunes, vulgo “Taru”, que já está preso, e outros dois foragidos: Bryan Lyrio Deolindo, considerado uma das lideranças da organização criminosa ligada ao Comando Vermelho, e Henrique Silva Lima, vulgo “Neguinho Mascote”.
“Após diligências e análises, a equipe conseguiu identificar que o Henrique seria o recebedor da droga apreendida em Mimoso do Sul. Identificamos que o Bryan era parceiro do Henrique no tráfico de drogas. Aprofundamos as investigações e identificamos alguns endereços que o Henrique utilizava. Representamos pela busca e apreensão, e aguardamos o melhor momento para conseguir apreender uma quantidade expressiva de drogas”, disse o titular da Delegacia Especializada de Narcóticos, delegado André Jaretta.
Atualmente, a casa estava vazia. No entanto, a investigação apontou que Henrique chegou a morar por alguns meses no local. A droga foi encontrada em um cômodo, onde estava sendo construído uma espécie de bunker. “O cômodo ficava nos fundos, eles cobriram as janelas com lonas para que ninguém pudesse ver o que estava sendo feito lá. O buraco tinha cerca de um metro e meio de largura e um metro e oitenta de altura. Conseguimos chegar antes deles concluírem o esconderijo e evitar que a droga fosse escondida no buraco”, explicou o delegado André Jaretta.