A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou a suspensão do pagamento de obrigações que somam R$ 2,75 bilhões, incluindo fornecedores e tributos. A medida extrema foi adotada para tentar conter os efeitos de uma grave crise financeira enfrentada pela estatal, que acumula 11 trimestres consecutivos de prejuízo. A decisão foi formalizada em um documento interno que admite o adiamento como estratégia emergencial para preservar a liquidez e manter as operações.
Segundo o texto, a suspensão tem como objetivo “reequilibrar, ainda que temporariamente, a estrutura do fluxo de caixa”, diante do constante desequilíbrio entre entradas e saídas financeiras. Embora os atrasos já fossem mencionados nas notas explicativas das demonstrações contábeis, esta é a primeira vez que o valor total das dívidas em aberto é revelado. A direção da estatal tenta mitigar os impactos imediatos enquanto busca alternativas para retomar a saúde financeira da empresa.
