O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6) a suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por um período de três meses. A decisão, tomada por 15 votos a 4, ocorreu após o parlamentar proferir ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública em 29 de abril.
Inicialmente, o relator do caso, deputado Ricardo Maia (MDB-BA), havia sugerido uma suspensão de seis meses. No entanto, o parecer foi ajustado para três meses, evitando que o afastamento ultrapassasse 120 dias — limite a partir do qual um suplente poderia ser convocado para assumir a vaga temporariamente. Durante o período de suspensão, Gilvan ficará sem salário, cota parlamentar e verba de gabinete, e seus assessores perderão os cargos na Câmara.
A representação contra Gilvan foi apresentada pela Mesa Diretora da Câmara, que considerou que o deputado excedeu o direito à liberdade de expressão e cometeu abuso das prerrogativas parlamentares. Além da suspensão, o Conselho de Ética poderá abrir um novo processo para avaliar a conduta do parlamentar, o que pode resultar em cassação do mandato.
Em sua defesa, Gilvan afirmou que aceita a punição e não recorrerá da decisão. Ele declarou: “Posso garantir ao meu eleitor que jamais responderei a um processo de corrupção e lavagem de dinheiro. Voltarei mais forte do que nunca. Combaterei o bom combate, mas diferente do que vinha acontecendo”.
