Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pede demissão após denúncia da PGR

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), solicitou sua demissão nesta terça-feira (8) após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob suspeita de desvio de emendas parlamentares durante seu mandato como deputado federal. 

A decisão foi tomada durante um almoço em Brasília, que contou com a presença da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e lideranças do União Brasil, na residência do presidente do partido, Antonio Rueda. Embora o encontro já estivesse agendado, tornou-se o cenário para a definição política que resultou na saída de Juscelino.

Segundo relatos, Gleisi Hoffmann indicou que o governo preferia que o ministro entregasse sua carta de demissão, evitando o desgaste político de uma exoneração direta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Anteriormente, Lula havia sinalizado que afastaria Juscelino caso a denúncia da PGR fosse formalizada e aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em carta aberta, Juscelino Filho afirmou: “Saio com a cabeça erguida, certo de que a justiça prevalecerá”. 

A denúncia da PGR é a primeira apresentada por Paulo Gonet, atual procurador-geral, contra um ministro do primeiro escalão do governo Lula. O caso envolve supostos desvios na destinação de emendas parlamentares no período em que Juscelino era deputado federal. 

A expectativa é que o substituto de Juscelino seja indicado pela bancada do União Brasil na Câmara. Um dos nomes cotados para assumir o cargo é o líder do partido na Casa, Pedro Lucas Fernandes (MA), que recentemente acompanhou Lula em viagens ao Japão e Vietnã.

A saída de Juscelino Filho marca a primeira baixa no primeiro escalão do governo Lula devido a denúncias de corrupção, refletindo o compromisso do governo em lidar com questões éticas e legais de forma transparente.

Redação

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