A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), prendeu, no dia 10 de novembro, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, um professor de 44 anos investigado por estupro de vulnerável. O preso é investigado por ter estuprado alunas com idades entre 9 e 16 anos, nas escolas em que ministrou aulas nas cidades de Vila Velha e Cariacica.
“É um crime que classificamos como patologicamente perverso, perpetrado por um professor que tinha o dever de cuidado, de proteção, mas acaba praticando esses atos criminosos. Parabenizo a DPCA por mais esse trabalho e digo aos pais que observem o comportamento dos seus filhos, conversem com eles, porque a escola é um local de segurança, em que não pode acontecer esse tipo de crime. Aos diretores de escolas, que ao perceberem também comportamentos de professores ou qualquer outra pessoa dentro da escola, que comuniquem a polícia. Nós não vamos permitir que essas pessoas continuem abusando de nossas crianças”, pontuou o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.
A equipe da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) tomou conhecimento da conduta do investigado no dia 04 de novembro, quando um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia e relatava que cinco meninas de 9 anos de idade teriam sido tocadas por um professor em uma escola municipal de Cariacica.
Essas vítimas foram ouvidas pelo setor psicossocial da delegacia e narram como os atos aconteceram. Diante dessas informações, a autoridade policial representou pela prisão preventiva do investigado, que foi cumprida no dia 10 de novembro.
“Foi feito um levantamento na DPCA e a gente encontrou procedimentos anteriores também em relação a esse mesmo professor que narrava o mesmo tipo de conduta dele com outras alunas com idades entre 9 a 16 anos em que ele também passava as mãos nas partes íntimas dessas alunas”, disse a adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Gabriella Zaché.
O indivíduo foi preso em sua residência no município de Vila Velha. “Ele alega que sempre teve um perfil carismático, que sempre foi uma pessoa de abraçar muito, de tocar nas pessoas. Ele diz que o erro dele foi ter sido muito permissivo, como se jogasse a culpa nas crianças. No entanto, apuramos que não se tratava de um gesto de carinho, mas sim de um crime sexual”, explicou a delegada Gabriella Zaché.
Entre 2014 e 2019, o professor deu aula em Vila Velha e teria feito ao menos 14 vítimas. “Um dos depoimentos das vítimas chamou bastante atenção. Ela tinha 14 anos na época e começou a ser percebida pelo professor. Ele pegava o mesmo ônibus que ela para ir à escola e nesse trajeto começou a mostrar vídeos pornográficos para a aluna e a constrangê-la durante as aulas. Em determinado momento, a vítima narra que pediu para ir ao banheiro durante a aula e ele a seguiu adentrando no banheiro feminino. Dentro do banheiro, o professor teria beijado a aluna forçadamente, dado mordidas e praticado outros atos libidinosos”, detalhou o adjunto da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Leonardo Vanaz.
O investigado encontra-se preso e os inquéritos policiais seguem em andamento para apurar possíveis novas vítimas.