Em um depoimento recente ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-policial militar Ronnie Lessa admitiu ter assassinado a vereadora Marielle Franco (PSOL) por ganância. Lessa, que firmou um acordo de delação premiada, revelou que foi contratado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão para executar o crime, com a promessa de uma recompensa significativa.
Lessa descreveu o crime como uma “asneira” e expressou arrependimento, afirmando que estava em uma fase tranquila de sua vida e que não precisava do dinheiro. Segundo ele, a promessa de ganhar até R$ 25 milhões pela exploração de terrenos na zona oeste do Rio de Janeiro foi o que o motivou a cometer o assassinato.
Durante o depoimento, Lessa também mencionou que as pesquisas sobre políticos do PSOL começaram em 2012 e que ele foi abordado pelo PM Edmilson de Oliveira, conhecido como Macalé, para realizar essas investigações. Ele afirmou que, apesar de ter pensado em desistir do crime em dezembro de 2017, acabou cedendo à ganância.
Lessa ainda relatou que, após o crime, sofreu uma emboscada em abril de 2018, onde foi baleado. Ele acredita que essa tentativa de homicídio foi uma retaliação pelo assassinato de Marielle.
O depoimento de Lessa continua nesta semana, com mais perguntas a serem respondidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelos advogados das vítimas e dos acusados. A expectativa é que novas revelações possam surgir à medida que o ex-policial detalha os eventos que levaram ao trágico assassinato de Marielle Franco.
